quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Sexo para, eu, tú e eles

Por Íris Lúcia

Sexo, drogas e rock and roll, essa era a máxima adotada por vários jovens, que buscavam por liberdade e reconhecimento social e político no século XX. Poderia até soar como rebeldia, ainda porque era uma época onde as pessoas viviam com um certo pudor, hipócrita, mas acredito que se conservava valores que hoje são desprezados.

Porém, o século mudou e com ele veio outra geração com tendências e comportamentos um tanto quando peculiar, principalmente em relação ao sexo, que deixou de fazer parte do aclamado slogan de uma juventude que se sentia oprimida, e passou a ser adotado na rotina do jovem como se fosse algo corriqueiro. O que antes fazia parte de um discurso clamando por liberdade, hoje é a face da libertinagem.

Infelizmente, a busca pelo prazer, excitação e o êxtase cotidiano, tem feito do sexo um produto de mercado como se as pessoas estivessem à venda com seus corpos expostos em vitrines é o que afirma o psicanalista Jurandir Freire, que acredita que a banalização do sexo está na inscrição no circuito da mercadoria, da articulação do prazer sexual na lógica de mercado. "Não estamos mais como antes, utilizando o sexo para vender mercadorias; o próprio sexo, hoje, é a mercadoria", explica o especialista.

Fico espantada de ver o quanto nós evoluímos rápido em tecnologia, indústria, cultura, e na mesma velocidade em que descobrimos esses meios, estamos nos degradando como seres humanos. Estamos amando menos e transando mais. Antes relação sexual era como "fazer amor", hoje, é pegar, trepar e mais esses termos chulos que tranquilamente são divulgados na mídia e facilmente absorvido pelas crianças, que estão cada vez mais precoses. E sabe se lá Deus no que isso vai dar!

De acordo com Jurandir Freire, mesmo diante da exacerbação do sexo, ainda existem ideais onde pode se abrigar a vontade de ser algo além de sexos e corpos consumidores de sensações de produtos industriais. " Somos seres de imaginação que jamais estarão satisfeitos ou saciados com o que lhes é oferecido. Queremos sempre ir adiante, queremos sempre outra coisa, e é nisso que confio para acreditar que vamos ultrapassar esse periodo de entressafra na produção de sonhos de uma vida melhor e mais digna".

Para o psicanalista o romantismo e a fidelidade ainda não morreram e outros sonhos vão engrossar a fileira dos que querem voltar a se interessar pelo mundo e pelos outros. " Isso mostra que somos mais, muito mais, que as imagens esteriotipadas, apequenadas, grudadas na pele, que nos querem obrigar a engolir espírito a dentro".

14 comentários:

Anônimo disse...

Adorei Íris! Muito bom o artigo, texto muito bem escrito! Parabéns!
bjuuu

Andrea Zanetti disse...

OI Íris,

Gostei muito do seu artigo. Está bem claro, muito fluente para leitura.

Tem alguns erros de português que passaram despercebidos, mas nada muito grave.

Muito bom mesmo...Um beijão!!!Muitas saudades de você e da sua pequena.

Paulo Vasconcelos disse...

Boa matéria,sexo é muito bom,mas o exagero das apelações dos dias de hoje fizeram uma coisa gostosa se transformar em algo deplorável.
Parei de fazer isso!

Sérgio Caco disse...

Paulão? Você não foi pai recentemente? Parou nada...

Falando sério. O seu artigo Íris está ótimo. Na matéria da Luciana postei algo parecido com o conteúdo do seu artigo.

As novelas de hoje vendem sexo, os jornais vendem sexo. Essa banalização é muito perniciosa para as crianças e a juventude de hoje. É bom ter alguém preocupado com esse assunto e querendo mudar essa situação.

Valeu, parabéns.

Ana Paula Bessa disse...

Olá Iris!

Agradeço o post feito na minha matéria, e agradeço também a comparação com o Nelson. Acredito que não chego aos pés dele, mas entendo o que quis dizer. Muito obrigada.

O seu artigo está cheio de embasamentos, isto é ótimo. Ajuda o leitor a aumentar a bagagem de conhecimento deles. Porém você não sita no seu artigo o tema principal da sua matéria, que é a virgindade. Você fala em sexo, mas não fala em quem opta por esperar mais um tempo para tomar tal decisão.

No primeiro parágrafo há um pequeno excesso de vírgulas. Ela poderiam ser facilmente trocadas por pontos ou sequer serem utilizadas.

Você falou uma proposta de solução do especialista, mas não disse qual é a SUA solução pra esse tipo de probelma. Tal solução não precisa ser complexa, você apenas precisa mostrar ao leitor como você acha que esse problema pode ser resolvido, ou se ele realmente não tem solução.

Gostei muito do primeiro link. Muito interessante.

Mais uma vez obrigada!
Espero ter ajudado.

Atenciosamente,

Ana Paula.

Íris disse...

Oi Ana Paula,
Com certeza ajudou muito. Gostaria também de te pedir desculpas pela atitude impensada do Wanderval. Não fique pensando que aquilo é o que a turma da manhã pensa a respeito da sua matéria, ou de vc. Nada pessoal. Somos adultos e temos que agir com tais.
Abs. fica na paz

Rafael Lang disse...

SIRI...

boa matéria....

os tempos de hj tá froids.....

vc sintetizou td como anda o mundo hj em dia!!!

muito bom !!!

beeeeeejos

Keroley Monteiro disse...

Oi Íris

Muito legal o seu artigo. Todos os links abrem e o texto está bem escrito, apesar de alguns errinhos de portugues, mas tudo bem.
Achei que vc poderia ter aplicado mais a sua opiniao a respeito da virgindade. E vc nao fez uma sujestao para a resolucao do problema. Eu aprendi que o artigo fica muito melhor se o autor escrever com o coracao, pode se soltar.
bjos
OBS- desculpa a falta de acentos, mas o teclado tá desconfigurado.

Íris disse...

Ai keroley até tentei escrever com o coração, mas eu não estava inspirada!!
Obrigada...
abs.

Gustavo Frasão disse...

Oi Íris (nome da minha querida avó)!!! Já gostei logo de cara... risos...

Bom, você escolheu um tema MUITO pertinente e BASTANTE polêmico. Abordou, no entanto, de forma brilhante. Seu artigo está muito bom. Não achei erros e gostei do vocabulário. Os links estão interessantes e funcionando corretamente. Os entrevistados também deram um embasamento fundamental para o seu artigo manter credibilidade.

Parabéns!!!

Raquel disse...

Oi Íris,

O exercício que dei em sala na semana passada parece ter sido providencial para o seu artigo, não?

Brincadeiras à parte, seu artigo ficou muito interessante. Você começa de forma instigante e apresenta argumentos bem fundamentados para defender sua opinião. Parabéns!!

Faltou, no entanto, falar um pouco mais sobre a questão da virgindade tratada na sua matéria. E por mais interessantes e fortes que sejam as afirmações do Jurandir Freire, faltou também uma frase sua para concluir o texto.

No mais, o texto apresenta uso excessivo de vírgulas e o segundo parágrafo ficou um pouco confuso sem, no entanto, comprometer a compreensão do texto. Os links incluídos estão corretos. O endereço do seu e-mail, no entanto, ficou incorreto. Nota 6,5

Raquel disse...

Íris,
Esqueci de acrescentar que o "tu" do título não leva acento. Abs,

Daniele Carvalho disse...

Oi Íris...

Muito bom seu artigo.
Também achei que deu uma fugidinha do tema da sua matéria.
Mas o assunto é pertinente e instiga curiosidade para a leitura.

Parabéns...
Abraços

Luana Tachiki disse...

Ué, onde foi parar o meu comentário?
Eu até havia comentado do seu título.

Eu, hein!!!
Enfimm...vou postar outra vez então! O lance é que vim aki por acaso...

Pelo que percebi nas matérias... não são os seus erros gramaticais, extrutura de parágrafos ou a escolha da linguagem na qual vc desenvolve o seu texto que estão sendo avaliados criteriosamente e comprometendo as maiores pontuações. Mas o assunto abordado.
Qnto mais polêmico e bem desenvolvido com início, meio e fim. Teremos uma maior pontuação. Lógico sem esquecer dos links e detalhes para web, afinal é uma matéria de jornalismo online. E nada de deslexar já que o quesito gramatical não é prioridade.hehehehe

Vc deu uma excelente chamada para o seu artigo com um título criativo e impactante!
Ficou uma "pulguinha atrás da orelha" pra saber se vc está promovendo o sexo, oq já disperta uma curiosidade para lermos o seu texto. E aí nos deparamos com outra opinião que condiz e explica o seu título.

PARABÉNS!